20 febrero 2009
Llega el Festival Internacional
de Jazz de Braga
Publicado por
C&CdeGaliza
en
20.2.09
Etiquetas:
PORTUGAL,
SOCIEDAD Y CULTURA
O Quarteto André Fernandes, o projecto “Dual Identity” de Steve Lehman/Rudresh Mahanthappa Quintet, Gianluigi Trovesi Sextet, Gerald Cleaver’s Violet Hour e o Quinteto de Marta Hugon são as formações que entre 5 e 14 de Março passam pelo palco principal do Theatro Circo em contexto da décima edição do “BragaJazz – Festival de Jazz de Braga”.
BRAGA (Joao Paulo MESQUITA / MORRAZO-tribuna) .- O Quarteto André Fernandes, o projecto “Dual Identity” de Steve Lehman/Rudresh Mahanthappa Quintet, Gianluigi Trovesi Sextet, Gerald Cleaver’s Violet Hour e o Quinteto de Marta Hugon são as formações que entre 5 e 14 de Março passam pelo palco principal do Theatro Circo em contexto da décima edição do “BragaJazz – Festival de Jazz de Braga”.
Ao lado de Mário Laginha (piano), Nelson Cascais (contrabaixo) e Alexandre Frazão (bateria), ao guitarrista André Fernandes estão atribuídas, a 5 de Março (22h00) as honras de aberturas do BragaJazz 2009 com a apresentação do seu mais recente trabalho intitulado “Imaginário”.
Distinto dos seus antecessores pelo recurso à electrónica, “Imaginário” surge na sequência de um concerto na Culturgest que serviu de pretexto para a gravação de um novo conjunto de temas originais de entre os quais se destacam “Mini Trouper”, “Beijo de Gelo”, “Pillow Party” ou “Caixa de Madeira” e que sucedem, assim, ao projecto “Cubo” que, em 2007, garantiu a André Fernandes a entrada definitiva para a galeria dos grandes músicos de jazz portugueses.
Na segunda noite de BragaJazz 2009 (6, 22h00), Rudresh Mahanthappa e Steve Lehman, reconhecidos como os mais distintos nomes do saxofone alto, apresentam-se em palco com o quinteto “Dual Identity”, de que fazem igualmente parte o guitarrista Liberty Ellman, o contrabaixista Matt Brewer e o baterista Damion Reid.
Responsáveis pela definição de muitos dos novos caminhos do jazz, os “Dual Identity” distinguem-se pela ligação que os cinco músicos nova-iorquinos estabelecem entre composição e improvisação e que resulta num estilo que, embora inspirado no M-Base de Greg Osby e Steve Coleman, reflecte características muito próprias.
A fechar o primeiro fim-de-semana do certame (7, 22h00), o veterano Gianluigi Trovesi regressa ao Braga Jazz após de nove anos preenchidos por concertos, gravações e projectos que contribuíram para a criação de um mundo musical imediatamente reconhecível e, em simultâneo, completamente original.
Numa formação composta por Roberto Cecchetto (guitarra), Marco Micheli (baixo), Vittorio Marinoni (bateria), Fulvio Maras (percussão), o clarinetista Gianluigi Trovesi apresenta em Braga, desta vez no palco principal do Theatro Circo, uma das vozes que crítica e público mais associam ao conceito de “Jazz europeu”. Protagonista de um processo de reconhecimento ascendente que se iniciou nos anos 80 com a projecção internacional e se consolidou nos anos 90 com a acumulação de vários prémios, Trovesi afirma-se hoje como o italiano cuja música jazz inspirada na tradição americana evoluiu para um léxico assumidamente europeu e mediterrânico.
Consubstanciado numa homenagem do baterista à cidade onde nasceu e aos grandes percussionistas de Detroit (Michigan), “Gerald Cleaver’s Violet Hour” é o espectáculo que a 13 de Março (22h00) dá continuidade à décima edição do Festival de Jazz de Braga.
A par do projecto “Violet Hour”, em que se faz acompanhar de J. D. Allen, Andrew Bishop, Chris Lightcap, Jeremy Pelt e Ben Waltzer, Gerald Cleaver lidera ainda as bandas “NiMbNl”, “Uncle June” e “Farmers By Nature”.
A residir em Nova Iorque desde 2002, o baterista afro-americano foi nomeado no anterior à sua mudança pela edição do projecto “Adjust” para a categoria de “Melhor Gravação de Jovens Talentos” pela Associação de Jornalistas de Jazz.
De regresso ao jazz nacional, a 14 de Março (22h00) cabe ao quinteto de Marta Hugon a missão de encerrar o BragaJazz 2009 com o recente projecto “Story Teller”.
Reconhecida como «uma das mais interessantes vozes do jazz português», Marta Hugon que, na circunstância, se apresenta na companhia de um quarteto de luxo traz ao palco do Theatro Circo um trabalho composto por canções diversas e imprevisíveis que vão desde os standards até ao pop rock, combinando a clareza musical com a sofisticação da linguagem jazzística para dar origem a temas como “Good Morning Heartache”, “Never Let Me Go”, “Suburbano Coração”, “Riverman” ou “The Trouble With Me Is You”.
Com formação iniciada na Escola de Jazz do Hot Clube de Portugal e complementada no Conservatório de Amsterdão, Marta Hugon estreou-se a solo em 2005 com o lançamento de “Tender Trap”, trabalho que sucedeu a uma colaboração em estúdio e palco com André Fernandes.
Os ingressos, a 10 euros para cada concerto, estão disponíveis nas bilheteiras do Theatro Circo. A aquisição de ingressos para os cinco concertos usufrui de um desconto de 20 por cento.