BRAGA /PORTUGAL ( Joao Paulo MESQUITA & Lucia Queiróz da SILVA // MORRAZO-tribuna).- Fernando Tordo, Camané e Tim são nomes incontornáveis da música portuguesa que partilham o palco do Theatro Circo com a cantora israelita Noa, as actrizes Manuela Maria e Sofia Alves (“Boa Noite, Mãe”) ou o espectáculo de dança “O Tango”, no mês em que, a 27, se assinalam dois anos de reinício de actividade da sala de espectáculos de Braga.
Neste contexto, a 24 de Outubro (21h30), Camané protagoniza o espectáculo evocativo do segundo aniversário do Theatro Circo, com a apresentação, na sala principal, de um reportório centrado no seu lado mais tradicional, sem deixar, contudo, de arriscar novas linguagens poéticas e musicais.
Temas inéditos de Alain Oulman, poemas de Luís Macedo nunca antes musicados, um “fado” de Sérgio Godinho, uma letra de Jacinto Lucas Pires num fado tradicional, são algumas das novidades que o autor de “Sempre de Mim” interpreta, lado a lado com poemas de Fernando Pessoa e Pedro Homem de Mello, a métrica de Manuela de Freitas e as inconfundíveis melodias de José Mário Branco.
Por seu turno, “Cavalo à Solta”, “Tourada” ou “Adeus Tristeza” são apenas três dos vinte temas que Fernando Tordo apresenta, com nova orquestração, no dia 4 (21h30), num concerto em que o cantor e compositor se faz acompanhar pela “Stardust Orchestra”.
No momento em que completa 43 anos de carreira, Tordo regressa aos palcos com um conceito inédito que faz renascer em novas sonoridades os êxitos de outros tempos, na sua maior parte canções do imaginário cultural português, associadas não raras vezes a acontecimentos de grande expressão social e política da história nacional das últimas décadas.
Em plena digressão de apresentação do trabalho “Um e o Outro”, Tim passa, a solo, pelo Theatro Circo, às 21h30 do dia 7, para dar a conhecer ao público bracarense o resultado da consolidação de outras histórias e outras músicas existentes no seu imaginário, «além do grande trabalho colectivo que são os Xutos & Pontapés».
Depois de “Olhos Meus”, Tim, que neste projecto conta com a colaboração de Samuel Palitos (bateria), Pedro Gonçalves (baixo), José Cardoso (teclas) e com a parceria de Mariza e Mário Laginha no tema “Fado do Encontro”, regressa a solo num registo definido entre o electro dos “loops” e sintetizadores e o acústico das guitarras, o que dá origem a temas como “Pela Porta Mal Fechada”, “O Amor”, “O Gato e a Manta de Lã” ou “Contraluz”.
Do masculino para o feminino, a 1 de Outubro (21h30), a soprano Catarina Molder protagoniza “Memória dos Anjos – Da Fé à Perdição Vai Um Passo”, espectáculo evocativo do Dia Mundial da Música que coloca em palco um cruzamento, sob a forma de recital cénico, de múltiplas áreas artísticas, conjugando reportórios e linguagens musicais tão opostas como a ópera, o cabaret e o fado.
Produto final da busca de novos formatos para o tradicional recital de canto e piano, “Memória dos Anjos” expõe a fé religiosa de Puccini, que, em queda vertiginosa, passa para a perdição com trechos da ópera “Lulu”, de Alban Berg, e da “Cantata Fausto”, de Scnitke, com a provocação e sensualidade cruas do “kabarett” alemão, nas canções de Kurt Weill, Schönberg e Hollaender e a doce melancolia do fado.
Ainda em português, a música regressa ao palco principal no dia 5 (16h00) com as sonoridades de influência “MPB”, “world music” e jazz de João Frade Trio.
Reconhecido como um dos melhores acordeonistas nacionais, o algarvio João Frade, vencedor em 2002 do Troféu Mundial de Acordeão, junta-se neste projecto ao guitarrista Tuniko Goulart e ao multi-instrumentista Giovani Goulart para interpretações inéditas de temas como “Índios da Meia Praia”, “Summertime” ou “Nha Vagar”.
Num registo marcado pela fusão das novas músicas do mundo em busca de novas sonoridades, os portugueses “Fábrica de Sonhos” passam por Braga a 17 (21h30).
Com estreia em 2006 marcada pelo primeiro lugar no Concurso Nacional de Bandas Termómetro, os “Fábrica de Sonhos” apresentam agora em palco o primeiro lançamento da banda – um EP homónimo composto pelos temas “Rainbow Style”, “Fábrica de Sonhos” e “Dans Squizza”.
DAS SONORIDADES DE ISRAEL AOS RITMOS DA ARGENTINA
Pela primeira vez em Portugal, vindo do coração de Buenos Aires, o espectáculo “O Tango – The Ultimate Tango Show” chega ao Theatro Circo a 8 (21h30), colocando em palco dez bailarinos de renome, seis músicos da Orquestra Tanguissimo e os cantores Jose Luis Barreto e Cláudia Pannone.
Com interpretação original baseada num argumento, o prestigiado musical concilia a representação teatral, a música e a carismática dança argentina numa produção complementada por cenários sublimes, um guarda-roupa que remonta à década de 1910 e artistas como Christian Marquez e Virgínia Gómez, dupla de bailarinos do vídeo “Diferente”, dos “Gotan Project”, e Fernando Gracia e Natalia Tonelli Attori, dupla vencedora do “Tango World Contest” no Mundial de Tango’07.
“Genes and Jeans” é o mais recente projecto que a cantora israelita Noa apresenta em Braga a 11 de Outubro (21h30), num concerto único no norte do país que encerra a sua digressão em Portugal.
Definido pela própria como «uma viagem às raízes», “Genes and Jeans” surge como mais um ponto alto num percurso marcado por actuações em salas como “Carnegie Hall” (Nova Iorque), “Olympia” (Paris) ou “Zellerbach Auditorim” (São Francisco).
Internacionalmente reconhecida, Noa, que neste mais recente trabalho inclui temas cantados em hebraico, iemenita e inglês, destacou-se ainda como intérprete e autora da letra do tema principal do filme “A Vida é Bela”, de Roberto Benigni, cantou para Bill Clinton, assinou intensos duetos com Sting e Stevie Wonder e dividiu o palco com nomes como Carlos Santana, Sheryl Crow e George Benson, entre muitos outros.
A dar lugar às artes dramáticas, o Theatro Circo recebe ainda a 16 (21h30) as actrizes portuguesas Manuela Maria e Sofia Alves como protagonistas de “Boa Noite, Mãe”.
Baseada num texto da dramaturga norte-americana Marsha Norman, distinguida com o Prémio Pullitzer, “Boa Noite Mãe” revela a relação familiar de duas mulheres, Jess (Sofia Alves), e a mãe Thelma (Manuela Maria), que, no decorrer de um espaço-tempo implacável, vivem uma profunda crise.
Abandonada pelo marido e vivendo um drama com o voluntário desaparecimento do seu único filho, Jess não consegue encontrar na sua vida uma última esperança e comunica a Thelma a sua intenção de suicídio. Confrontada com tal decisão, Thelma, que, ao longo dos anos construiu uma relação dura com a filha, dá então início a uma luta desesperada para evitar que a decisão de Jess se concretize.
Com encenação e dramaturgia de Alexej Schipenko, a Companhia de Teatro de Braga regressa também ao pequeno auditório com a representação de “Os Lusíadas”, de Luís de Camões, de 21 a 23 e de 28 a 30 de Outubro (21h30).
Em contexto de abertura às iniciativas de outras entidades sediadas no espaço socio-cultural envolvente, o Theatro Circo recebe em Outubro o espectáculo de dança “Ausência + Ícones” (10, 21h30) e o debate “Corpo e Imagem em Séries” (14, 21h30), acções integradas na iniciativa “O Corpo e a Imagem: Visões Interiores” da Liga dos Amigos do Serviço de Gastrenterologia do Hospital de São Marcos de Braga.
Para além do “Congresso da Ordem dos Engenheiros 2008”, que tem por tema “A Internacionalização da Engenharia Portuguesa” (2 e 3 de Outubro), o Theatro Circo serve ainda de palco à final do “Fast Forward Portugal-Film Festival” (18, 21h45), evento organizado pela Associação Cultural Velha-a-Branca em que os concorrentes são convidados a realizar uma curta-metragem num limite de tempo de 24 horas.
Mais informação:
http://www.theatrocirco.com/,
Neste contexto, a 24 de Outubro (21h30), Camané protagoniza o espectáculo evocativo do segundo aniversário do Theatro Circo, com a apresentação, na sala principal, de um reportório centrado no seu lado mais tradicional, sem deixar, contudo, de arriscar novas linguagens poéticas e musicais.
Temas inéditos de Alain Oulman, poemas de Luís Macedo nunca antes musicados, um “fado” de Sérgio Godinho, uma letra de Jacinto Lucas Pires num fado tradicional, são algumas das novidades que o autor de “Sempre de Mim” interpreta, lado a lado com poemas de Fernando Pessoa e Pedro Homem de Mello, a métrica de Manuela de Freitas e as inconfundíveis melodias de José Mário Branco.
Por seu turno, “Cavalo à Solta”, “Tourada” ou “Adeus Tristeza” são apenas três dos vinte temas que Fernando Tordo apresenta, com nova orquestração, no dia 4 (21h30), num concerto em que o cantor e compositor se faz acompanhar pela “Stardust Orchestra”.
No momento em que completa 43 anos de carreira, Tordo regressa aos palcos com um conceito inédito que faz renascer em novas sonoridades os êxitos de outros tempos, na sua maior parte canções do imaginário cultural português, associadas não raras vezes a acontecimentos de grande expressão social e política da história nacional das últimas décadas.
Em plena digressão de apresentação do trabalho “Um e o Outro”, Tim passa, a solo, pelo Theatro Circo, às 21h30 do dia 7, para dar a conhecer ao público bracarense o resultado da consolidação de outras histórias e outras músicas existentes no seu imaginário, «além do grande trabalho colectivo que são os Xutos & Pontapés».
Depois de “Olhos Meus”, Tim, que neste projecto conta com a colaboração de Samuel Palitos (bateria), Pedro Gonçalves (baixo), José Cardoso (teclas) e com a parceria de Mariza e Mário Laginha no tema “Fado do Encontro”, regressa a solo num registo definido entre o electro dos “loops” e sintetizadores e o acústico das guitarras, o que dá origem a temas como “Pela Porta Mal Fechada”, “O Amor”, “O Gato e a Manta de Lã” ou “Contraluz”.
Do masculino para o feminino, a 1 de Outubro (21h30), a soprano Catarina Molder protagoniza “Memória dos Anjos – Da Fé à Perdição Vai Um Passo”, espectáculo evocativo do Dia Mundial da Música que coloca em palco um cruzamento, sob a forma de recital cénico, de múltiplas áreas artísticas, conjugando reportórios e linguagens musicais tão opostas como a ópera, o cabaret e o fado.
Produto final da busca de novos formatos para o tradicional recital de canto e piano, “Memória dos Anjos” expõe a fé religiosa de Puccini, que, em queda vertiginosa, passa para a perdição com trechos da ópera “Lulu”, de Alban Berg, e da “Cantata Fausto”, de Scnitke, com a provocação e sensualidade cruas do “kabarett” alemão, nas canções de Kurt Weill, Schönberg e Hollaender e a doce melancolia do fado.
Ainda em português, a música regressa ao palco principal no dia 5 (16h00) com as sonoridades de influência “MPB”, “world music” e jazz de João Frade Trio.
Reconhecido como um dos melhores acordeonistas nacionais, o algarvio João Frade, vencedor em 2002 do Troféu Mundial de Acordeão, junta-se neste projecto ao guitarrista Tuniko Goulart e ao multi-instrumentista Giovani Goulart para interpretações inéditas de temas como “Índios da Meia Praia”, “Summertime” ou “Nha Vagar”.
Num registo marcado pela fusão das novas músicas do mundo em busca de novas sonoridades, os portugueses “Fábrica de Sonhos” passam por Braga a 17 (21h30).
Com estreia em 2006 marcada pelo primeiro lugar no Concurso Nacional de Bandas Termómetro, os “Fábrica de Sonhos” apresentam agora em palco o primeiro lançamento da banda – um EP homónimo composto pelos temas “Rainbow Style”, “Fábrica de Sonhos” e “Dans Squizza”.
DAS SONORIDADES DE ISRAEL AOS RITMOS DA ARGENTINA
Pela primeira vez em Portugal, vindo do coração de Buenos Aires, o espectáculo “O Tango – The Ultimate Tango Show” chega ao Theatro Circo a 8 (21h30), colocando em palco dez bailarinos de renome, seis músicos da Orquestra Tanguissimo e os cantores Jose Luis Barreto e Cláudia Pannone.
Com interpretação original baseada num argumento, o prestigiado musical concilia a representação teatral, a música e a carismática dança argentina numa produção complementada por cenários sublimes, um guarda-roupa que remonta à década de 1910 e artistas como Christian Marquez e Virgínia Gómez, dupla de bailarinos do vídeo “Diferente”, dos “Gotan Project”, e Fernando Gracia e Natalia Tonelli Attori, dupla vencedora do “Tango World Contest” no Mundial de Tango’07.
“Genes and Jeans” é o mais recente projecto que a cantora israelita Noa apresenta em Braga a 11 de Outubro (21h30), num concerto único no norte do país que encerra a sua digressão em Portugal.
Definido pela própria como «uma viagem às raízes», “Genes and Jeans” surge como mais um ponto alto num percurso marcado por actuações em salas como “Carnegie Hall” (Nova Iorque), “Olympia” (Paris) ou “Zellerbach Auditorim” (São Francisco).
Internacionalmente reconhecida, Noa, que neste mais recente trabalho inclui temas cantados em hebraico, iemenita e inglês, destacou-se ainda como intérprete e autora da letra do tema principal do filme “A Vida é Bela”, de Roberto Benigni, cantou para Bill Clinton, assinou intensos duetos com Sting e Stevie Wonder e dividiu o palco com nomes como Carlos Santana, Sheryl Crow e George Benson, entre muitos outros.
A dar lugar às artes dramáticas, o Theatro Circo recebe ainda a 16 (21h30) as actrizes portuguesas Manuela Maria e Sofia Alves como protagonistas de “Boa Noite, Mãe”.
Baseada num texto da dramaturga norte-americana Marsha Norman, distinguida com o Prémio Pullitzer, “Boa Noite Mãe” revela a relação familiar de duas mulheres, Jess (Sofia Alves), e a mãe Thelma (Manuela Maria), que, no decorrer de um espaço-tempo implacável, vivem uma profunda crise.
Abandonada pelo marido e vivendo um drama com o voluntário desaparecimento do seu único filho, Jess não consegue encontrar na sua vida uma última esperança e comunica a Thelma a sua intenção de suicídio. Confrontada com tal decisão, Thelma, que, ao longo dos anos construiu uma relação dura com a filha, dá então início a uma luta desesperada para evitar que a decisão de Jess se concretize.
Com encenação e dramaturgia de Alexej Schipenko, a Companhia de Teatro de Braga regressa também ao pequeno auditório com a representação de “Os Lusíadas”, de Luís de Camões, de 21 a 23 e de 28 a 30 de Outubro (21h30).
Em contexto de abertura às iniciativas de outras entidades sediadas no espaço socio-cultural envolvente, o Theatro Circo recebe em Outubro o espectáculo de dança “Ausência + Ícones” (10, 21h30) e o debate “Corpo e Imagem em Séries” (14, 21h30), acções integradas na iniciativa “O Corpo e a Imagem: Visões Interiores” da Liga dos Amigos do Serviço de Gastrenterologia do Hospital de São Marcos de Braga.
Para além do “Congresso da Ordem dos Engenheiros 2008”, que tem por tema “A Internacionalização da Engenharia Portuguesa” (2 e 3 de Outubro), o Theatro Circo serve ainda de palco à final do “Fast Forward Portugal-Film Festival” (18, 21h45), evento organizado pela Associação Cultural Velha-a-Branca em que os concorrentes são convidados a realizar uma curta-metragem num limite de tempo de 24 horas.
Mais informação:
http://www.theatrocirco.com/,
ou no tel : 00.351. 253. 203 800.